Dancei, girei, brilhei.
Os olhos cruzaram.
Faisca leve passou.
Depois olhos quase nos olhos.
Papo de ocasião
E uma bacia de água entre nós.
Lá fora um foco de fogo.
Aqui o silêncio das águas.
Corremos para apagar
Ou alimentamos o incêndio que brota nesse vão?
Corte.
Fui.
Me seguiu.
Quase me usou.
Mas nessa vida turista não sou.
O calo pisou.
Segurei.
Aprofundei
Mergulhei.
Poetizei.
Cedi.
Com fome e ansia te vi.
Com alegria e leveza beijei.
Calada da noite, gemi.
Entre ecos que vinham das cavernas
profundas de mim, me olhou.
Com os labios a minha pele secreta rasgou.
Virei rio e hoje sou seu amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário