10 de jan. de 2007

Prece

Plena,
perfeitamente.
Pena eu não estar muito poeta.
Pouco só do espírito
desse Palmital me desce
e eu peço:
me conceda o caminho do louco místico,
Jesusinho, meu amigo e Cristo.

Pela sua força,
com minha insegurança de moça,
ensinai-me, ó pai,
o que eu anida não olhei.
Ó mão perpétua dos sem nenhuma trégua,
me indiquei.

Minha prece pede poder abrir
minha mina de histórias;
que nunca me venha um pranto em vão;
que o céu caia em forma de ternuras e memórias;
e que a Luz ilumine ao menos um dos meus irmãos.
Cuidado!
Não seja tão In.
Assim,
como
sentirá
o fogo da virada,
o calor de qualquer pegada.
E como viverá
sem o susto da estrela secreta
de uma humilde e limpa madrugada?

9 de jan. de 2007

Ai, ai, ai...
Não me recrimino,
nem me iludo.
A lua vai alta e eu não sei muito brigar.
Mas vai,
esqueço as dores
que só restem os amores.
Quem me detém
prefiro não ter...
Leia cada nota
tocada leve
nos compassos do dia.
Ouça o som que fala.
Veja!
Há criatividade
rondando louca por toda sua sala.

Abra a porta,
deixe a tormenta ameaçar.
Olhe nos olhos da frente,
veja que pose de assustar.
Nada é só enfeite.

E no meio de tudo,
Tudo.
Em um só.

Por isso que digo: cessou-se o verbo.
O que há por ai
e o que sente-se no aqui,
não há como reproduzir.