Escuridão fértil
Minha felicidade
me
assusta
em surtos
e a
guar
do
como em t r e p i d a n t e s fotos
Não há nela enredo, continum, novelo
É frag mento
poes ia concreta,
ex certos
Mas chega o dia que sentada na pedra cinza chumbo do rio
com a mão molhada em prata de uma lua alta
recolho minhas imagens de seus vôos soltos
Monto em mim sozinha
meu Quebra-cabeça
e ao fim
vejo que mesmo assim não há ainda história única,
não há sequer um conto só.
Há apenas a imagen de um céu da noite pipocado de estrelas que ligo como a brincadeira pede e apenas se a brincadeira é esta. E no fundo a escuridão -meu próprio não- de onde todas as fotografias são e v ã o
19 de mar. de 2008
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