11 de nov. de 2011

Mirante da banheira

O céu se entrelaça com a água.
Nesse lago raso o olhar mergulha pra subir.
Meu umbigo acolhe solitário vôo pássaro.
A pele se tinge dessas nuvéns.

(O mundo é fundo, a verdade evapora)
Me afundo pra voar na superfície imersa nas alturas.

Nesse silêncio,
vou traçando trilhas no passado - é fundo de mim -
na luz desse presente - estão meus olhos abertos -
em busca de um futuro - esse azul é pra sonhar.

Meu amor,
ao seu lado tudo se condensa
Nosso laço de altos cumes, profundas vales,
não quero que se vá.