29 de nov. de 2007
Corpo tantas vezes se faz gaiola. Parece que há um bicho por debaixo da superfífie cutânea. E eu fico sem saber se há diferença entre tesão e inspiração. Acredito ser no fundo pré-religião, que no fundo faz de tudo a mesma coisa. É deus fazendo falta... É o momento se tornando pequeno demais para tanta vontade. Te peço, me religue ao que interessa. Seja pelo toque, seja pelo verbo. É o momento pequeno demais para tanto desejo. Uma boca me valeria, um discurso também supriria. É a nossa verdadeira reza, é a nossa prece, sem hipocrisia. É a nossa religião! É o momento em que o miocárdio estoura por beleza, implora por Deus. E quando ele vem, seja por via bípede ou transcendental, o momento se torna infinito demais e a vontade só fica com vontade de ter mais vontade de não sair do agora jamais.
8 de nov. de 2007
Era tão distraída,
atraída que era por tantas falsas respostas,
forçadas nas beiradas para se juntarem às outras.
Tinha em si um quebra-cabeça de peças atravancadas
e nenhuma forma de nada.
Apesar de produto sempre pra ela pronto e,
sem saber, conclusões sempre por outros dadas.
Era o caminho mais rápido.
Só não era por nada fácil.
Doía, doía...
Amassava a mente.
Mas a deixava contente,
de um contentamento descontente,
de quem sorri por resignada impaciência
de crer haver chegado no ponto que não se chegou:
O fim.
É que existem aqueles que desejam o pronto
E ignoram o como.
Afirmam amar,
mas acreditam por demais no forjar
E bem pouco em farejar.
Querem muito moldar
E perdem a chance de se deixar moldar por mãos divinas.
Não dançam
Pois não esperam a música definir qual passo
se enamora do já dado.
Se distraem,
pois desejam tudo e esquecem o que já tem.
Mas em um momento a obra se mostra feia
- doída demais de se ter.
O vazio se torna urgente.
A pausa se faz valente.
O não já não é temente.
Ela se atenta,
passa a dialogar com deus.
Garimpa a verdade,
labuta pelo todo que ainda tarda.
atraída que era por tantas falsas respostas,
forçadas nas beiradas para se juntarem às outras.
Tinha em si um quebra-cabeça de peças atravancadas
e nenhuma forma de nada.
Apesar de produto sempre pra ela pronto e,
sem saber, conclusões sempre por outros dadas.
Era o caminho mais rápido.
Só não era por nada fácil.
Doía, doía...
Amassava a mente.
Mas a deixava contente,
de um contentamento descontente,
de quem sorri por resignada impaciência
de crer haver chegado no ponto que não se chegou:
O fim.
É que existem aqueles que desejam o pronto
E ignoram o como.
Afirmam amar,
mas acreditam por demais no forjar
E bem pouco em farejar.
Querem muito moldar
E perdem a chance de se deixar moldar por mãos divinas.
Não dançam
Pois não esperam a música definir qual passo
se enamora do já dado.
Se distraem,
pois desejam tudo e esquecem o que já tem.
Mas em um momento a obra se mostra feia
- doída demais de se ter.
O vazio se torna urgente.
A pausa se faz valente.
O não já não é temente.
Ela se atenta,
passa a dialogar com deus.
Garimpa a verdade,
labuta pelo todo que ainda tarda.
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