24 de mar. de 2012
Bom quando todos se vão,
e por querer te deixam a sós.
Consigo, com seus olhos, seu corpo.
Seu ser completo.
A olhar tempo, sem tempo, sem medo.
Sozinho a amar o doce movimento do vento.
Ou o outro que a outra ama.
Escolhendo os quadros,
com todo cuidado fotográfico
com o domínio
da própria pupila.
Agradecendo a Deus,
cada vírgula da existência,
mas querendo também algo que
sempre falta,
nem que seja a palavra exata
desse poema.
Brilhos, cintilantes.
Detalhe no canto dos olhos.
Altos saltos, belas peças.
Pendura mais um ferro na orelha.
Pigmenta a cútis com desejos.
Vira num gole uma taça de conhaque.
Dança com ele até embaixo.
Sobe como outra em desencargo.
Som da caixa estalando.
Trompetes.
Sirenes.
É tudo agudo.
Aguça.
Nada de recusa.
Mergulha no barro,
Vira lama,
Germina flores.
Se traduz em Terra.
Desfaz.
Refaz.
Disfarça.
Sou substituta de mim mesma,
Às vezes e
por vezes.
Revezo egos aleatórios.
É capital.
O fútil nos desarma.
Nos rebaixa.
Nos amarra a redes estéticas avançadas.
E é tudo oferenda.
Ofereço à Lucrecia,
às bacantes,
à Ogum.
Espirro de tinta borrada na camisa mal usada.
Gargalhada louca depois do fim do jogo.
Dados deuses isso cobiçam.
Agradecem.
E nos emprestam
genuína sabedoria apolínea.
Detalhe no canto dos olhos.
Altos saltos, belas peças.
Pendura mais um ferro na orelha.
Pigmenta a cútis com desejos.
Vira num gole uma taça de conhaque.
Dança com ele até embaixo.
Sobe como outra em desencargo.
Som da caixa estalando.
Trompetes.
Sirenes.
É tudo agudo.
Aguça.
Nada de recusa.
Mergulha no barro,
Vira lama,
Germina flores.
Se traduz em Terra.
Desfaz.
Refaz.
Disfarça.
Sou substituta de mim mesma,
Às vezes e
por vezes.
Revezo egos aleatórios.
É capital.
O fútil nos desarma.
Nos rebaixa.
Nos amarra a redes estéticas avançadas.
E é tudo oferenda.
Ofereço à Lucrecia,
às bacantes,
à Ogum.
Espirro de tinta borrada na camisa mal usada.
Gargalhada louca depois do fim do jogo.
Dados deuses isso cobiçam.
Agradecem.
E nos emprestam
genuína sabedoria apolínea.
Aos intelectuais
E eis que retorno
de longo e pessoal exílio.
E firme piso na areia de tão aclamado coqueiro.
Onde um dia brilhei enfante,
para em segundos
me fechar em dogmas.
Tentando me enquadrar naquilo que
inversamente já vim moldada.
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