15 de abr. de 2009

Água!
Que nasce de um peito que se afoba
e pernas que revezam.
Sossega o zunzunido de vocais internos repetidos.

Me faz público da ave.
Alvoroçada pelo fim da tarde.
E espectadora da nuvem,
que pra lá do fim desanuvia.

Sinal claro de um espírito que
se expande,
em um corpo,
que então descansa.

Sentada à porta de uma grande casa,
não seco o suor na blusa rasgada.
O resguardo.
Ainda quero que resfrie meu rosto
quando a colina descer
e um vento tímido a ladeira subir.

Sei que vou rir.
Pois ao fundo,
depois de tudo,
o dia vai ter cabo
em tom alaranjado.