28 de jul. de 2018

Lua de sangue

Respiração ofegante, é chamado pra escrever.
Respiração ofegante é medo de perder. 
Medo de deixar ir sem querer que de fato se vá.
Se faz forte. Você é rocha. Se ama. Você adora. 
E se não viu o brilho meu, problema seu. 
Que tenho muito.
Ai que me doeu. 
Ai que me roeu.

Perdeu minha saia rodada branca dando volta na
areia, meu maiô meia peça inteira que eu tiraria pra você. 
A taça bebi ligeira. 
Onde estará? 
Lençol que se enrosca, colchão que se desloca. 
Passei zen, mas esse nó agora no meu peito. 
Respira. Sono que não veio. 

Tô no meio. Fogo cruzado. Existe conquista?
Persiste ou desiste? Gosta ou não gosta? Quer ou não
quer? Apega ou desapega? 
E eu, que quero eu? 
Barriga doendo. 
Me eclipsei. 
E agora tudo revelei. 
Zerei.

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