20 de dez. de 2015

Me desculpem
estranhos,
Mas beleza é fundamental.

Não importa a grana
Criatividade me encanta.
E se tiver que me pedir um cheiro,
peça no canto.

No quarto dele, dependurados
ventos se viam ouviam ao longo.
Na gaveta um lenço,
na sua mão eu me perdia.

Eu não era.
Sentia o ar
Denso
Ardência.

Acende um incenso.
Acende outra vela
Apaga essa luz
E me conta disperso
uma história de amor.

Outro dia fui no alto.
Vi um negro dando a volta na encosta.
O sol na pele, um cão sem cela.
Vi um olhar no fim do meio.

Te abracei e te ouvi.
Ouvi no peito.
Sentei na pedra
Fui pra longe
E fiquei sem espera.

Não sei o que sei.
Sabe o que falou?
Nada, nada sei.
Já pensou em falar
a língua do louco?
Ou o verbo infame das prostitutas
do antro de paz e de sonho?

Sorri, e vem aqui.
O que é o que é:
vida?
Qual é a pergunta que nunca se fez?

Tropecei.
Foi algo que falei?

Olhei e era 11 e trinta e três.
E com a resposta você já sumia.

Eu te entendo, amado da vez.
Você disse que numa hora saia,
Se despedia da ilha
E numa nave partia.

.........

E lá fora,
amiguinho,
como anda você lá fora de você?
Queria saber, mas não pago pra ver o que não gosto.
Prefiro o que já foi.

O fim subiu...
A luz havia sido forte,
O grito ainda estancado
E eu por dentro arfava.

E esse,
É esse,
É isso!

Um clarão aberto
Uma lacuna velha.

Mas bela, bela,
Terei tudo quanto quero.

E você carne invisível ainda?
Alma perdida e minha,
Você que é igual a mina
que todo dia se saculeja em mim.
Você já vem, não vem?
Vem já,
Vem cá
Cá já...

Porque aqui o não, não há.
Porque meu céu é um furacão.

Só não demora,
Não me consolo,
Sem seu colo.

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