11 de nov. de 2011

Mirante da banheira

O céu se entrelaça com a água.
Nesse lago raso o olhar mergulha pra subir.
Meu umbigo acolhe solitário vôo pássaro.
A pele se tinge dessas nuvéns.

(O mundo é fundo, a verdade evapora)
Me afundo pra voar na superfície imersa nas alturas.

Nesse silêncio,
vou traçando trilhas no passado - é fundo de mim -
na luz desse presente - estão meus olhos abertos -
em busca de um futuro - esse azul é pra sonhar.

Meu amor,
ao seu lado tudo se condensa
Nosso laço de altos cumes, profundas vales,
não quero que se vá.

2 comentários:

Sabrina Nóbrega disse...

adorei ! me lembrou o quadro da frida kahlo ela na banheira com um espelho profundo de sua alma. depois ri, imaginei saindo da banheira toda irrugada, uma rapida experiencia de velhice enxugada em olhos jovens.

Manoela Campos disse...

Sá, me manda seus poemas!