21 de nov. de 2010

Sementes na chuva

Fico rebubinando a mente até a infância.
O som do trem ressoando...

Penso que deveria
ter sido olímpica,
Mas insisti em fazer nado,
e de nada me adiantou.
Não amava, não queria,
mas insistia
Em fazer o que o coração não pedia.

Hoje temo que a voz dele ande fraca.
Procuro conversar, mas será que se ressentiu de tantos nãos.

Fico torcendo para ele me engambelar,
me levando sem que note pro alto da pedra.
Bem na hora que o sol se derrete no mar, só pra me ver dançar.

(E ele faz... Já fez e ainda fará)

Pensando bem, acho que posso acreditar
que afinal tudo aquilo que amo naturalmente vem pra mim.

Semente que brota na mata, não precisa de rega,
precisa de chuva e chuva quem controla não sou eu.

Querendo ou não a vida faz meu coração florir.

4 comentários:

Colageno de Dona–Turu disse...

Lindo demais!!!

sindro disse...

Passe lá no meu blog de textos, obrigado, te espero!

Colageno de Dona–Turu disse...

Genial, repito!
vim deixar meu comentario e vi que já tinha me comovido antes.
O que mais me encanta na vida são as coisas que simplesmente são. lindo!

Carros usados disse...

A vida fez meu coração murchar e depois florir.
Adorei suas sementes de chuva.