Regras da vida
Burocrática vida,
estaticamente tediante,
caverna numérica
labirinto sem saída.
Ligações virtualmente reais
não dão sinais,
não enviam postais
de vida,
de instâncias pessoais.
Os vasos estão entupidos.
As veias fracas de sangue!
Vidas floridas,
por favor, floresçam!
Já basta
de vidas secas,
enfurnadas mentes,
minhocas caminhando na pele,
falta de ar.
Falta que me faz traçar caminhos nas estrelas.
Jogar fora esses ponteiros, e
saber a hora pelo sol.
Quero deitar a cabeça
no ombro, na pele, barriga.
Quero tirar a bunda da cadeira
e as regras do papel!
E enfiá-las como anel de matrimônio
No dedo da consciência,
na legislação do querer.
Por uma vida em família
dias bem-vindos vividos,
amor de graça doado e
canção por todos tocada.
Rio de Janeiro, Janeiro de 2001
12 de ago. de 2008
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