11 de ago. de 2008

Poema de um livrinho antigo meu: poema de 2001. Lá se vão os anos, aqui se volta a rota, eterno e maravilhoso retorno, sempre igual, sempre outro.


Não sei

Hoje não sei
reconhecer vontade
evitar desvontade.
Hoje pego o que me dão,
ouço qualquer canção.

Tudo vem sem desconcerto,
sem acerto.
E você com esses olhos de inverno
gelados atrás do vidro externo,
me deixa sem saber se
abro ou travo
essa janela que bate
me oferecendo aconchego
me suplicando um abraço.

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