À beira do rio, em frente à Praça do comércio.
O tal silêncio que Priscila falou.
Parar, pensar, olhar, sentir.
Há vários peixes graúdos que beliscam o mármore.
Há o mármore e uma meia-lua alta, tremeluzente na base.
Não há estupor. Não é Deus. Não é a magia, o espiritual.
É Fernando Pessoa, é o Tejo, é o silêncio.
É o veleiro e o barulho do cais chorando.
É a vontade de perpetuar a matéria do instante
e potencializar a brevidade do que é completo.
(Lisboa, outubro 2013)
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