28 de jul. de 2018

Tejo

À beira do rio, em frente à Praça do comércio. 
O tal silêncio que Priscila falou. 
Parar, pensar, olhar, sentir.
Há vários peixes graúdos que beliscam o mármore. 
Há o mármore e uma meia-lua alta, tremeluzente na base.
Não há estupor. Não é Deus. Não é a magia, o espiritual. 
É Fernando Pessoa, é o Tejo, é o silêncio. 
É o veleiro e o barulho do cais chorando. 
É a vontade de perpetuar a matéria do instante 
e potencializar a brevidade do que é completo.

(Lisboa, outubro 2013)

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