28 de jul. de 2018

Emboscada

Meu corpo uma emboscada.
Minha perna enroscada na sua.
Mão que desliza na curva da doçura.
Fazia calor naquele velho novembro.
Fazíamos amor como lobos
Com as cigarras cantando ao redor.
A lua veio.
Você se foi...
O trem avança e ele à minha frente.
Não há palavras,
Só saudade.
Do silêncio que se viveu.
Luta justa,
Desejo profundo.
De captar a pureza do mundo em um breve segundo.
E retê-lo,
Por um vasto caminho azul
infinito e abrupto.

(06/09/17 - trem de Aix a Marseille avec Simon)

Nenhum comentário: