21 de jan. de 2008

Não sei o que digo
nem a quem falo.
Desconfio,
somente,
que são palavras de lágrimas.

Agradeço,
no entanto.

Ao céu,
à terra,
aos anjos que me suportam
às mãos que me acalentam
aos ouvidos
que me entendem,
ou tendem.
A mãe
que me abraça, me trata, me indica...
A morte que me tentou,
sinal vermelho que me apontou.

Graças,
graças,
graças!

A vida, que tem me dado tanto.

Quero apenas seu canto,
peço saber cantá-lo.
Pros meus amores,
só pra quem eu falo
só pra quem me importares...

E o mundo me importa,
me encanta
e eu canto...

Ao dia,
à luz,
obrigada!
Sem vocês eu não seria nada.

Salve, salve
ao tempo
por me ensinar que é como o vento.

Passa, leva e trás...

Hoje é tudo,
ontem dói,
amanha,
sou só.

Aflinge ver essa beleza e nela ver-me não caber.
Por isso,
vamos aos poucos.
O peito não dá conta da torrente de amor eterno.

Por isso invento a morte,
pra enfrentar esse infinito.

Obrigado, pai,
por desconhecê-lo
e fazer da minha vida
sua busca,
nosso encontro.

Eu amo, ou
tendo...

Graças, graças, graças!

A vós,

aos meus a avós;
a todos os meus;
amigos, primos, queridos;
aos nossos nós
e um tanto mais a essa voz.
Que se afina, que se canta.
Me encanta a poesia divina dessa vida bendita.

E peço apenas:

- Me ensina...

2 comentários:

Bruno Cave disse...

Manu,

Super bom sermos colegas de novo.

Esse poema é tão leve. Traz uma energia ótima para o leitor.

Renata disse...

Nossa Manu. Vc me arrepiou toda com essa poesia, nossa. Graça você existir para redigir tão belas coisas.