Na décima segunda casa,
seguindo pela estreita margem
do lago que a cidade encobre,
regia a família uma estrela virgem.
A mais nova e justamente a mais nobre.
Quem de longe ou de mais aproximado a notasse,
talvez se pusesse a parar por despercebido prolongado tempo.
A varrer, a ler, a pentear;
fosse feito que fosse,
era de se pasmar.
Serena,
tudo dela era bordado.
Figurava ritual e parecia que sabia,
sem saber ou sem querer,
que divindade está mesmo camuflada no disciplinado afazer do dia-a-dia.
Sempre repleto de infindáveis detalhes
repetidamente a entreter.
A notava,
todavia,
só aquele que,
igualmente,
ao espaço e ao tempo,
se rendia.
8 de mai. de 2009
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Um comentário:
delicado devir ! coisa pra poucos...
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