19 de mar. de 2008

Escuridão fértil

Minha felicidade
me
assusta

em surtos

e a
guar
do

como em t r e p i d a n t e s fotos

Não há nela enredo, continum, novelo

É frag mento

poes ia concreta,

ex certos


Mas chega o dia que sentada na pedra cinza chumbo do rio
com a mão molhada em prata de uma lua alta
recolho minhas imagens de seus vôos soltos

Monto em mim sozinha
meu Quebra-cabeça
e ao fim
vejo que mesmo assim não há ainda história única,
não há sequer um conto só.

Há apenas a imagen de um céu da noite pipocado de estrelas que ligo como a brincadeira pede e apenas se a brincadeira é esta. E no fundo a escuridão -meu próprio não- de onde todas as fotografias são e v ã o

3 comentários:

Renata disse...
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Renata disse...

O início "escuridão fértil" é maravilhoso. Você desenvolve para uma imagética de muita beleza.
Os elementos da poesia concreta, visual e fragmentada têm a ver na minha óptica a construção do próprio poema e as situações que você forja e vive na escrita, está lindo.

Uirá Felipe disse...

SIM, ESTÁ LINDO... frag m e n t e i me dos olhos àescuridão fértil da minha imaginação
adorei