8 de nov. de 2007

Era tão distraída,
atraída que era por tantas falsas respostas,
forçadas nas beiradas para se juntarem às outras.

Tinha em si um quebra-cabeça de peças atravancadas
e nenhuma forma de nada.
Apesar de produto sempre pra ela pronto e,
sem saber, conclusões sempre por outros dadas.

Era o caminho mais rápido.
Só não era por nada fácil.

Doía, doía...

Amassava a mente.

Mas a deixava contente,
de um contentamento descontente,
de quem sorri por resignada impaciência
de crer haver chegado no ponto que não se chegou:

O fim.

É que existem aqueles que desejam o pronto
E ignoram o como.
Afirmam amar,
mas acreditam por demais no forjar
E bem pouco em farejar.

Querem muito moldar
E perdem a chance de se deixar moldar por mãos divinas.

Não dançam
Pois não esperam a música definir qual passo
se enamora do já dado.

Se distraem,
pois desejam tudo e esquecem o que já tem.

Mas em um momento a obra se mostra feia
- doída demais de se ter.

O vazio se torna urgente.
A pausa se faz valente.
O não já não é temente.

Ela se atenta,
passa a dialogar com deus.
Garimpa a verdade,
labuta pelo todo que ainda tarda.

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