28 de out. de 2006

Escuridão fértil

A felicidade

assusta

em surtos


e as  guar
do

como t r e p i d a n t e s fotos

Não há nela enredo, continum, novelo

É frag mento


poes ia concreta,

ex certos

Mas chega o dia que sentada na pedra cinza chumbo do rio
com a mão molhada em prata de uma lua alta
recolho a felicidade de seus vôos solto.

Monto em mim sozinha
meu Quebra-cabeça
e ao fim
vejo que mesmo assim não há ainda história única,
não há sequer um conto só.

Há apenas a imagem de um céu da noite
pipocado de estrelas
que ligo como a brincadeira pede
e apenas se a brincadeira é esta.

E no fundo
a escuridão
-meu próprio não-

de onde todas as fotografias são

e v ã o

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