Escuridão fértil
A felicidade
assusta
em surtos
e as guar
do
como t r e p i d a n t e s fotos
Não há nela enredo, continum, novelo
É frag mento
poes ia concreta,
ex certos
Mas chega o dia que sentada na pedra cinza chumbo do rio
com a mão molhada em prata de uma lua alta
recolho a felicidade de seus vôos solto.
Monto em mim sozinha
meu Quebra-cabeça
e ao fim
vejo que mesmo assim não há ainda história única,
não há sequer um conto só.
Há apenas a imagem de um céu da noite
pipocado de estrelas
que ligo como a brincadeira pede
e apenas se a brincadeira é esta.
E no fundo
a escuridão
-meu próprio não-
de onde todas as fotografias são
e v ã o
28 de out. de 2006
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